Toshio Sako, o renomado autor do mangá “Usogui”, causou polêmica nas redes sociais após criticar abertamente quem consome mangás de forma pirata em seu perfil do X (antigo Twitter).
Sua mensagem, escrita em japonês, rapidamente se tornou viral, especialmente entre seus seguidores na América Latina, que se sentiram diretamente atingidos.
Confira Abaixo:
“Não acredito que aqueles que não compram a obra de forma legal sejam verdadeiros fãs. Por exemplo, se eu lesse quadrinhos americanos piratas e depois perguntasse ao autor: ‘Li a versão pirata e tenho perguntas! Por favor, responda!’ e depois pensasse: ‘Li a versão pirata, mas fiz com que todos conhecessem a obra, você deveria me agradecer’. Nunca diria algo assim ao autor. Por quê? Porque muitos japoneses têm vergonha e consideram os sentimentos da outra pessoa. Fã? Um ladrão não é um fã. Se alguém tem orgulho de ser um ladrão, que publique seu endereço para que alguém possa roubá-lo.”
A crítica contundente de Sako gerou uma enxurrada de reações nas redes, principalmente de leitores de países latino-americanos, onde o acesso legal ao mangá muitas vezes é limitado. Abaixo, estão algumas das respostas mais marcantes:
- “Então licencie seu mangá no meu país, imbecil.“
- “Há muitos países que ainda não têm seu mangá, mas querem lê-lo de qualquer maneira. Respeito seu trabalho e a paixão com que criou sua obra.”
- “Senhor Sako, muitos amigos me recomendaram seu mangá, mas ainda não o li e a única forma que eu teria de apreciá-lo é através da pirataria. Sou estudante e tenho a ambição de um dia criar uma obra que seja tão amada quanto a sua. Mas se você realmente não quer que eu veja a obra porque a única forma seria através da pirataria, respeitarei sua decisão.“
- “Com todo o respeito, o assunto é bastante complexo e não se trata apenas de covardia. Sempre haverá pessoas ignorantes em qualquer lugar, mas colocar todos no mesmo saco também não é a solução.“
- “Mas se nada chega aqui, você espera que eu pague 200 dólares por semana para que me enviem um mangá do Japão em japonês? Não entendo.“
- “Sou de uma editora da América Latina. Onde posso comprar direitos de mangá para traduzir e publicar aqui? Não há quase nenhuma informação e parece que já venderam para grandes editoras que não distribuem, e isso torna a pirataria obrigatória se você quiser ler.“
As respostas à publicação de Sako refletem a frustração de muitos fãs que não têm acesso legal a suas obras favoritas e destacam a complexidade do problema da pirataria na indústria do mangá.
A mensagem do autor continua gerando debates nas redes sociais, com opiniões divididas sobre as palavras do autor e a realidade enfrentada por muitos leitores ao redor do mundo.
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