Artista fica indignado depois de descobrir que fãs estão vendendo suas ilustrações autografadas

O artista Mel Kishida, de BLUE REFLECTION e Hanasaku Iroha, criticou a venda de suas ilustrações autografadas por fãs. Entenda o caso e o debate ético por trás da revenda de itens personalizados.

Artista fica indignado depois de descobrir que fãs estão vendendo suas ilustrações autografadas 1
Blue Reflection Ray

O artista japonês Mel Kishida, conhecido por seu trabalho em “BLUE REFLECTION”, “22/7” e “Hanasaku Iroha: Blossoms for Tomorrow”, expressou publicamente sua insatisfação com fãs que revendem suas ilustrações autografadas.

Em uma postagem recente nas redes sociais, Kishida compartilhou sua indignação ao descobrir que uma de suas obras estava sendo revendida no site Mercari por 250.000 ienes (aproximadamente R$ 8.500).

O desabafo de Mel Kishida nas redes sociais

O artista publicou uma captura de tela da venda e escreveu:

“Lembro-me da pessoa que desenhou isto. Vender um autógrafo é bom, mas isso é um exagero. Você está proibido de voltar a entrar nos meus eventos. Por favor, não se mostre na minha frente novamente.

Mel Kishida é o ilustrador no Japão que assina mais facilmente ilustrações, então não há necessidade de comprar algo assim.”

Com essa declaração, Kishida deixou claro seu descontentamento com a prática de transformar itens autografados — muitas vezes com valor sentimental — em mercadorias de alto valor no mercado de colecionadores.

Venda de autógrafos: legal, mas ética?

A reação de Kishida acendeu um debate antigo no meio artístico: até que ponto é ético revender autógrafos e ilustrações personalizadas?

Legalmente, um fã que possui uma obra assinada ou desenhada tem o direito de vendê-la. No entanto, muitos argumentam que itens criados em eventos especiais, especialmente quando incluem um toque pessoal do artista, não deveriam ser tratados como simples produtos para lucro.

Essas obras carregam memórias únicas e representam momentos especiais entre o artista e o fã — algo que não pode ser replicado nem comercializado de forma justa.

A relação entre artista e fã está em jogo

Mel Kishida é amplamente reconhecido por sua proximidade com os fãs e por ser acessível em eventos no Japão. Ao criticar essa prática, ele reforça que suas assinaturas não são escassas ou difíceis de conseguir — justamente para tornar a experiência acessível a todos.

Com isso, o artista parece querer preservar o verdadeiro significado desses encontros e das ilustrações autografadas: serem lembranças pessoais, e não fonte de especulação financeira.

Conclusão: um debate necessário no mundo artístico

Apesar de não ser ilegal, a revenda de autógrafos e obras personalizadas levanta questões sobre respeito e ética. O caso de Mel Kishida serve como um lembrete de que, muitas vezes, o valor emocional de um item vai além de seu preço de mercado.

À medida que a cultura de colecionismo cresce, especialmente no universo dos animes e games, é importante lembrar que respeitar a vontade do artista também é uma forma de apoiar sua arte.

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Amante de animes, séries e jogos, e redatora da DefeatZone, onde compartilho minha paixão por esses temas através de artigos.